O tenente-coronel Mauro Barbosa Cid declarou, em delação premiada, que Michelle Bolsonaro fazia parte de grupo mais radical do governo e instigava o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) a dar um golpe de Estado. A ex-primeira-dama não está na lista de denunciados pela Procuradoria-Geral da República (PGR).
Segundo Cid, o senador Flávio Bolsonaro, o ex-ministro Ciro Nogueira e o então advogado-geral da União, Bruno Bianco, integravam grupo político que era "terminantemente" contra uma tentativa de golpe de Estado.
De acordo com a GloboNews, o ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro afirmou à PF que havia um grupo bem conservador, de linha política, que aconselhava o presidente a mandar o povo para casa, em referência aos apoiadores de Bolsonaro que estavam acampados na porta de quartéis após o resultado das eleições de 2022.
A PGR apresentou ao Supremo uma denúncia formal contra Jair Bolsonaro e um grupo de aliados por tentativa de golpe de Estado em 2022. Ao todo, 34 pessoas foram denunciadas.