A sentença de Daniel Silveira foi de 8 anos e 9 meses de cadeia, pelos crimes de ameaça ao Estado Democrático de Direito e coação no curso do processo.
De acordo com a coluna, por meio do vice-procurador-geral da República, Hindenburgo Chateaubriand Filho, a PGR divergiu das contas feitas pela defesa de Silveira ao pedir a ida dele ao regime semiaberto, apontando já terem sido cumpridos 16% da pena. Com a progressão, o bolsonarista poderia deixar o presídio durante o dia para trabalhar.
Paulo Gonet, auxiliar do procurador-geral da República, não concordou com a tentativa dos advogados de Silveira de reduzirem o tempo de cumprimento de pena dele um período de cem dias entre março e junho de 2021, no qual o ex-deputado ficou preso domiciliarmente.
Em sua manifestação, Chateaubriand Filho reiterou que Moraes já havia rejeitado o pedido da defesa neste sentido. Além disso, ele rejeitou a aplicação dos 16% de cumprimento da pena a Silveira para progressão de regime, observando que essa conta só se aplica a casos em que o réu tenha sido condenado por crimes sem violência à pessoa ou grave ameaça. Caso contrário, o percentual é de 25% da pena.
Ainda segundo a coluna, por outro lado, a PGR se manifestou pela homologação de cinco certificados de cursos feitos por Daniel Silveira na cadeia, para redução de pena. O ex-deputado estudou Direito e Economia, Metrologia, Preparação em Logística, Assistência Contábil e Lógica Contábil.
Depois do parecer da PGR, os advogados de Daniel Silveira rebateram a decisão. O advogado Paulo César Rodrigues de Faria classificou a manifestação do vice-procurador-geral da República como “falácia”, “omissa”, “genérica” e “desfiliada da realidade processual”. Ele reiterou a solicitação pelo abatimento de pena para progressão ao regime semiaberto
O defensor atribuiu o posicionamento da PGR contra Silveira a uma suposta “renovação ministerial e política do Ministério Público Federal”.