A descriminalização do porte de maconha pelo Supremo Tribunal Federal (STF) na última terça-feira (25), não foi bem recebida por parlamentares da direita brasileira, que criticaram os ministros e subiram o tom nos plenários do Congresso.
De acordo com o portal Metrópoles, entre os discursos estão previsões catastróficas para o futuro do Brasil, incluindo a destruição de milhões de famílias, o uso de drogas nas escolas e o aumento da população em situação de rua.
O deputado federal Osmar Terra (MDB-RS), foi um dos parlamentares que mais demonstrou indignação no plenário, levantando dados sem citar as fontes.
Isso vai ampliar muito o consumo de drogas. Os meninos vão levar maconha para a escola e ninguém vai poder fazer nada”, afirmou Terra. “60 gramas dá mais de 100 cigarros de maconha”, defendeu o parlamentar.
Já o também deputado federal Alberto Fraga (PL-DF), avaliou que o Supremo cometeu um crime contra a população brasileira.
O STF afronta o Congresso Nacional. Serão destruídas milhões de famílias. Um baseado tem 1,4 gramas de maconha. Então imagina o coleguinha chegar [na escola] com a mochila com 60 baseados. Vai negociar, vai vender”, declarou o parlamentar.
Nas redes sociais, por sua vez, o deputado federal Ricardo Salles (PL-SP) escreveu que “o Brasil vai virar uma fedentina de maconha generalizada, estilo Califórnia, Canadá e outras porcarias de laboratório sociológico por aí”, enquanto Filipe Barros (PL-PR) pediu avanços na Proposta de Emenda à Constituição n° 45/2023 (conhecida como PEC das Drogas), que criminaliza o porte e a posse de qualquer quantidade de drogas.