Petistas que deixaram o cenário político após condenações no mensalão e na Lava-Jato estão novamente nos bastidores da política.
O ex-ministro José Dirceu, o ex-presidente da Câmara João Paulo Cunha e os tesoureiros do PT Delúbio Soares e João Vaccari Neto têm retornado aos meios do poder em Brasília, segundo o portal O Globo.
Entre eles, o que vem chamando a atenção em suas movimentações é Dirceu, que, após a Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) anular uma condenação por corrupção passiva na Lava-Jato, passou a cogitar a hipótese de se candidatar a deputado federal nas eleições de 2026.
Em março, Dirceu fez uma festa de aniversário para comemorar seus 78 anos. Na festa estavam presentes Fernando Haddad (Fazenda), o vice-presidente Geraldo Alckmin e o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL).
Dirceu não frequenta o Planalto e não tem contato direto com o presidente, mantendo o contato com Padilha e Márcio Macêdo (Secretaria-Geral).
Diferentemente de Dirceu, João Paulo Cunha é mais discreto e foge dos holofotes. Apesar de conversar com integrantes do governo, o objetivo de Cunha é o escritório de advocacia que possui com Ophir Cavalcante, ex-presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB).
João Vaccari Neto, ex-tesoureiro do PT, atua discretamente nos bastidores. De acordo com informações de integrantes do governo, Vaccari foi um dos responsáveis por articular trocas no comando do Conselho Nacional do Sesi, com a saída de Vagner Freitas e a entrada de Fausto Augusto Junior. Segundo o colunista Lauro Jardim, do Globo.
O ex-tesoureiro do PT, Delúbio Soares, tem atuado em reuniões pelo Brasil. Em junho, na cidade de Teófilo Otoni, em Minas, com funcionários dos Correios filiados ao PT.
Nas reuniões, são distribuídas revistas sobre os processos que o ex-tesoureiro enfrentou na Lava-Jato. A revista tem como título “Delúbio Soares, o réu sem crime”.