O Senado deve votar na tarde desta quarta-feira (05) o Projeto de Lei que estabelece o Programa de Mobilidade Verde (MOVER) sem o artigo que estabelece a taxação de 20% para compras de importados de até US$50,00. O relator da matéria na Casa, senador Rodrigo Cunha (Podemos-AL), não cedeu aos apelos dos líderes que pediam o retorno da cobrança do imposto ao texto da matéria. Segundo ele, quem for a favor da taxação que a defenda em plenário.
A votação que aconteceria na terça, foi adiada 24 horas para que os senadores pudessem encontrar uma alternativa à decisão do relator. O projeto foi retirado da pauta pelo presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), atendendo a pedido do líder do Governo na Casa, o senador baiano Jaques Wagner (PT).
Em reunião na noite de ontem, os líderes, que apoiam o acordo costurado entre Governo e Oposição na Câmara dos Deputados, pressionaram, sem sucesso, o relator para que retirasse a emenda que suprime o imposto das chamadas “comprinhas”.
Sem acordo, a solução encontrada, segundo fontes do Senado, será a apresentação de um destaque acrescentando a taxação dos importados ao texto final. O objetivo é impedir que a matéria volte novamente a Câmara, o que atrasaria ainda mais a aprovação do MOVER.
O programa de Mobilidade Verde foi instituído em dezembro do ano passado e concede subsídios para indústrias do setor automotivo adaptem ou construam novas fábricas para produzir veículos elétricos e híbridos. Até o momento, 69 empresas, entre montadoras e fabricantes de autopeças, já aderiram ao programa, anunciando investimentos que já ultrapassam os R$130 bilhões.
A sessão plenária do Senado que pode por fim a essa novela, começa logo mais às 16h.