Os irmãos Chiquinho e Domingos Brazão foram presos na manhã deste domingo (24) pela Polícia Federel, após serem apontados, em delação do ex-PM Ronnie Lessa, como mandante, do assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, em março de 2018.
Chiquinho Brazão é deputado federal pelo União Brasil. Seu irmão, Domingos, é conselheiro do Tribunal de Contas do Estado (TCE). Segundo informações do O Globo, Chiquinho Brazão foi eleito vereador do Rio pela primeira vez em 2004 sendo reeleito em 2008, 2012 e 2016, num total de quatro mandatos consecutivos no Legislativo Municipal. Nesta última passagem pelo Palácio Pedro Ernesto, o mandato de Chiquinho coincidiu com o de Marielle Franco, de 2017 (início da legislatura) até seu assassinato, em março de 2018.
Além do suposto envolvimento na morte da vereadora, Domingos Brazão tem em seu currículo uma série de suspeitas de irregularidades, como receber o pagamento de propina, aumentar o patrimônio com movimentações em dinheiro vivo e trocar constantemente de telefone para despistar as investigações.
Antes assumir a cadeira no Conselho do TCE, Brazão teve uma passagem na política. Até 2015, quando ele assumiu o cargo no Tribunal, ele soma cinco mandatos como deputado. Em 217, ele foi alvo da operação Quinto do Ouro, da Polícia Federal (PF), que investigava o pagamento de propina a conselheiros da corte.
Também foi preso Rivaldo Barbosa, ex-chefe da Polícia Civil fluminense. Graduado em direito, Rivaldo era coordenador da Divisão de Homicídios e foi convidado para o posto pelo então interventor federal general Walter Braga Netto. Durante seu discurso, Rivaldo enfatizou a necessidade de combater a corrupção.