O procurador da República Carlos Fernando dos Santos Lima, responsável por assinar a denúncia que levou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) à condenação e à prisão por suspeita de receber propinas da OAS na forma de um apartamento triplex no Guarujá, revelou em entrevista ao Estadão que acredita que o líder da nação brasileira “tinha que estar na cadeia”.
O que está acontecendo hoje é que existem estruturas dentro do Judiciário jogando a favor da impunidade, jogando a favor da destruição da Lava Jato”, afirma o “decano” da Lava Jato.
Aposentado desde 2019, Lima afirma que o Supremo Tribunal Federal (STF) está no centro do desmonte da operação Lava Jato, se transformando em uma “fonte de insegurança jurídica”.
Se você pensar a Lava Jato exclusivamente como uma investigação, hoje ela quase não existe. Mas o que ela revelou e o que ela passou para o imaginário popular permanecem”, declara o procurador da República.
Iniciada em 2014, a operação Lava Jato completa 10 anos de deflagração da primeira fase da investigação no próximo dia 17 de março.