A Bahia foi o estado com a maior diferença entre as taxas de desocupação para mulheres pretas ou pardas (19,9%) e mulheres brancas (11,9%). O levantamento foi divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta sexta-feira (8). Ainda assim, as mulheres brancas apresentaram um indicador menor do que o dos homens (12,3%) pela primeira vez nos 11 anos de série histórica.
De modo geral, as mulheres baianas dedicam pouco mais que o dobro de horas semanais aos afazeres domésticos e cuidados com pessoas, quando comparadas aos homens. Em média, elas doam 23,1 horas por semana a essas atividades, frente a 10,9 horas dos homens, segundo a pesquisa.
Em relação às diferenças raciais, as mulheres brancas ocupadas gastavam 17 horas semanais em afazeres e cuidados de pessoas, enquanto as mulheres pretas ou pardas ocupadas gastavam 19,5 horas, ou seja, 2,5 horas por semana a mais. Nessa comparação, a Bahia tinha a segunda maior diferença entre os estados.
De acordo com o mesmo levantamento, na Bahia 53,3% das mulheres entre 25 e 54 anos de idade trabalhavam naquele em 2022. Essa proporção aumentava para 56,8% entre as que moravam em domicílios onde não havia nenhuma criança de até 6 anos; e caía para 45,7% entre as mulheres que tinham ao menos uma criança em casa. Com isso, as mulheres baianas com criança em casa tinham um nível de ocupação 19,5% menor do que as mulheres sem criança em casa. Essa desigualdade era a 4ª maior entre os estados.