Em um relatório enviado para o Supremo Tribunal Federal (STF), a Polícia Federal (PF) indica que dados obtidos na investigação dão força à tese de que Bolsonaro (PL) teria analisado e alterado a minuta de decreto que previa um golpe de Estado. De acordo com a investigação, mensagens rastreadas mostram que o ex-presidente recebeu o texto e fez alterações nele. Tudo isso teria ocorrido em dezembro de 2022.
Vale lembrar que, segundo o inquérito, nessas alterações o ex-presidente da República, Jair Bolsonaro, teria mantido a determinação de prisão do ministro Alexandre de Moraes. O documento ainda trazia como proposta a instauração de um estado de sítio no Brasil. Essa medida é precista pela Constituição Federal para situações de ‘comoção grave de repercussão nacional’ ou de ‘declaração de estado de guerra ou reposta a agressão estrangeira’. Vale lembrar que essa situação ainda precisaria ser aprovada pelo Congresso Nacional.
O que diz a defesa de Bolsonaro
Por meio de nota, os advogados que fazem a defesa do ex-presidente, Paulo Cunha Bueno e Daniel Tesser, negaram que Bolsonaro teria participado da elaboração do suposto decreto. “Quaisquer divagações a esse respeito não refletem a expressão da verdade, sendo da sabença de todos que o ex-presidente jamais estimulou qualquer movimento nessa direção, inclusive manifestando-se publicamente em suas redes sociais contra os atos de vandalismo havidos no dia 08/01”, informa a nota.