QUm novo desdobramento sobre o caso do assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes veio à tona. Em delação premiada, o ex-sargento da Polícia Militar, Ronnie Lessa, sugeriu que o mandante do crime teria foro privilegiado e citou um conselheiro do Tribunal de Contas do Estado.
Ronnie fechou acordo de delação premiada com a polícia e os investigadores entendem que essa era a última peça, após a delação de Élcio Queiroz, responsável por dirigir o carro utilizado para a execução e fuga, para arrumar o trajeto investigativo.
Segundo informações do jornal O Globo, a delação de Lessa está no Superior Tribunal de Justiça (STJ), o que indica que a pessoa delatada por ele como possível mandante dos assassinatos tem foro por prerrogativa de função, também conhecido como foro privilegiado.
De acordo com o colunista Lauro Jardim, “a delação de Lessa pode fazer com que o caso seja finalmente concluído. Para que isso aconteça, é preciso que as informações fornecidas sejam comprovadas pelos agentes federais do Gise (Grupo Especial de Investigações Sensíveis), especializado na elucidação de ocorrências complexas”.
Élcio também fez delação premiada e chegou a citar em sua delação o nome de Domingos Brazão, conselheiro do Tribunal de Contas do Estado (TCE), como tendo envolvimento no caso. Como ele tem foro privilegiado, há suspeita de que Ronnie o tenha mencionado.
O chefe da PF, Andrei Rodrigues, ordenou o prazo de março para o desfecho do crime, que completará seis anos, ainda conforme a publicação. No geral, em 70 dias, o mandante do crime deve ser revelado. Todavia, a colaboração de Lessa depende de uma homologação no STJ.