O deputado federal Sóstenes Cavalcante (PL), autor do projeto de lei que equiparar a prática do aborto ao homicídio após a 22ª semanas de gestação, vem considerando fazer algumas mudanças no PL. Entre as alterações defendidas pelo parlamentar é de que a mulher estuprada que queira interromper a gravidez nesta fase não seja mais presa.
De acordo com o site Metrópoles, a mudança na postura do deputado teria ocorrido depois que a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro ter compartilhado um vídeo que defende a punição para a prática do aborto sem que a mulher fosse culpada.
“Eu vi o vídeo da primeira-dama e os argumentos que ela apresenta são importantes. As alterações que vou propor vão evitar desgastes desnecessários e assim podemos continuar valorizando a vida”, disse Sóstenes à jornalista Mônica Bergamo, do jornal Folha de São Paulo.
O projeto inicial foi aprovado pela Câmara dos Deputado em regime de urgência no último dia 12 e foi duramente criticado por políticos e pela sociedade civil nas últimas semana.
As manifestações contrárias ao PL aumentaram depois da divulgação de dados e pesquisas mostrarem que a maioria das vítimas de estupro que engravidam no Brasil são meninas de até 14 anos — geralmente violentadas em por familiares.