Em uma tentativa de reestruturar uma enorme dívida avaliada em US$ 4,6 bilhões, a Odebrecht Engenharia e Construção (OEC) protocolou, nesta quinta-feira (27), um pedido de recuperação judicial.
A Odebrecht levantou US$ 120 milhões (cerca de R$ 650 milhões) como parte do processo, por meio de um financiamento DIP (Debtor In Possession). A quantia será usada para pagar uma porcentagem das dívidas.
Além do pagamento para ajudar na quitação do saldo devedor, o valor também irá reforçar o caixa da empresa. O empréstimo por meio do DIP garante a preferência no recebimento dentro do processo do Rio de Janeiro.
A Odebrecht não divulgou quem é o investidor do DIP. Entretanto, conforme se especula no mercado empresarial, o nome mais cotado é que seja a BTG Pactual, um banco de investimento especializado em capital de investimento e capital de risco.
Quase toda dívida da empresa atualmente é referente a bonds (instrumentos financeiros emitidos nos Estados Unidos) que foram emitidos entre 2004 e 2014. Em 2019, quando o conglomerado empresarial Novonor entrou no processo, a companhia fechou um acordo com seus credores que parte dos bonds que estavam na holding (cerca de US$ 2 bi) desceriam para a Odebrecht, enquanto outra parte (mais US$ 2 bi) ficariam numa holding intermediária entre a Odebrecht e a Novonor.