‘Codeshare’ é o nome dado ao acordo entre as gigantes da aviação nacional Azul e Gol, anunciado na última semana. Ele implicará em uma futura fusão entre as companhias aéareas, segundo especialistas, que creditam tal iniciativa a uma possível estratégia empresarial.
“O codeshare é como uma parceria entre duas companhias aéreas, em que compartilham um voo – no caso das duas empresas em questão, a parceria inclui as rotas domésticas exclusivas, ou seja, operadas por uma das duas empresas”, explica Fernando Canutto, sócio do Godke Advogados e especialista em Direito Societário.
Segundo o especialista, o “codeshare” é útil porque permite que as companhias aéreas ofereçam mais opções de voos para seus passageiros, além de otimizar os lugares em uma aeronave.
“No caso da integração de sistemas operacionais, além de suas rotas se complementam, a cooperação em programas de fidelidade, check-in e despacho de bagagens facilita a integração dos sistemas e processos das duas empresas. Esse alinhamento inicial pode suavizar a transição caso uma fusão ocorra no futuro. Já no teste de mercado, o acordo de ‘codeshare’ permite que as companhias avaliem a reação do mercado e dos consumidores à cooperação estreita. Se a resposta for positiva, pode ser um sinal encorajador de que uma fusão seria bem recebida e benéfica para ambas as partes”, conclui.