A Polícia Federal, que investiga o caso que ficou conhecido como “Abin Paralela” associou a quantidade de US$ 172 mil em espécie encontrados na casa de Paulo Maurício Fortunato, antigo número 3 da agência, a um suposto direcionamento da verba sigilosa da instituição para o gabinete do ex-diretor-geral e atual deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ).
Segundo informações do jornal Folha de S. Paulo, um relatório da PF, datado do final de novembro do ano passado, aponta que há a hipótese de que a verba sigilosa, inicialmente usada em operações de inteligência, tenha sido desviada.
Conforme o documento, até então, não havia referência da origem dos dólares, o que poderia configurar “outra extirpe de delitos” além do uso do software espião FirstMile para vigiar ilegalmente adversários políticos.
Em outubro, a Polícia Federal encontrou o dinheiro na casa de Paulo Maurício Fortunato, que exercia o cargo de secretário de planejamento de gestão da Agência Brasileira de Inteligência.
Ainda segundo o jornal, para associar o dinheiro à origem, os investigadores citam o fato de as notas de US$ 50 e US$ 100 apresentarem o mesmo estado de conservação e estavam divididas em blocos de série distintas.