Paulo Gonet, procurador-geral da República, se manifestou contra a revogação da prisão preventiva do coronel aposentado do Exército Marcelo Câmara, chefe da segurança do ex-presidente Jair Bolsonaro. Segundo a coluna de Igor Gadelha, do Metrópoles, o parecer foi assinado por Gonet em 1º de março.
Câmara foi preso no dia 8 de fevereiro em investigação que apura suposta organização criminosa que teria tentado dar um golpe de Estado para manter Bolsonaro no poder, após a derrota na eleição de 2022. A decisão da prisão foi tomada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes.
Ainda em fevereiro, a defesa do coronel ingressou com agravo regimental no STF pedindo a soltura do militar. No pedido, o advogado Luiz Eduardo Kuntz alegou que a prisão ocorreu de forma irregular e que não haveria provas de que seu cliente monitorou autoridades ilegalmente.
Ainda de acordo com a coluna, em manifestação de três páginas enviada ao STF, Gonet se posicionou contra o agravo. O procurador diz que o cenário da época da prisão segue o mesmo e que a medida cautelar ainda é necessária até a conclusão das investigações.
Na decisão, Gonet diz: “O quadro fático considerado para a decretação da medida, analisado detalhadamente tanto na manifestação do Ministério Público Federal quanto na decisão agravada, permanece inalterado. A investigação segue o seu curso e, até que seja concluída, mantém-se a necessidade de resguardar e garantir a aplicação da lei penal.