Em meio ao aumento no número de casos de dengue, registrado em todo o mundo em 2024, novas manifestações clínicas relacionadas à doença têm surgido nos últimos tempos. Um jovem de 17 anos, residente de Burkina Faso, país localizado na África Ocidental, teve uma ereção de 18 horas após ser diagnosticado com um caso grave de dengue.
O quadro de priapismo arterial por conta da doença foi descrito pelos médicos como uma “ereção vigorosa”. De acordo com um dos responsáveis pelos cuidados com o paciente, esse foi o primeiro caso já registrado na história da medicina. “Nenhuma associação semelhante foi previamente documentada na literatura médica”, afirmou o profissional de saúde.
De acordo com a equipe médica, o jovem estava internado há cinco dias quando apresentou a ereção por 18 horas seguidas, sem qualquer estímulo sexual. Bolsas de gelo foram utilizadas no pênis do paciente como tentativa de minimizar o fluxo sanguíneo. A ereção só foi contida dois dias após a intervenção. Apesar do susto, não foram diagnosticadas sequelas para a saúde do órgão do rapaz.
Ainda segundo os profissionais responsáveis pelo caso, a consequência inédita pode ter surgido em razão de uma alteração que a dengue costuma causar no sangue. “A dengue é uma infecção que, em seu estado grave, ataca as plaquetas, gerando uma queda na viscosidade do sangue”, apontou um médico.
Em razão disso, os especialistas acreditam que o sangue do jovem pode ter se tornado mais ralo, fato que, consequentemente, facilitou o fluxo sanguíneo, levando à ereção persistente.