O presidente Lula (PT) decidiu por promover mudanças na Agência Brasileira de Inteligência (Abin). O chefe do executivo brasileiro exonerou o ‘número 02’ da Abin, Alessandro Moretti, que era o diretor-adjunto da agência. Moretti deve ser substituido por Marco Cepik, que comandava a Escola de Inteligência da Abin. Essa exoneração deve ser publicada no Diário Oficial da União (DOU) nos próximos dias.
A decisão pela mudança ocorre depois de mais uma fase da operação da Polícia Federal (PF) que investiga a ‘Abin Paralela’. Essa situação teria ocorrido durante o governo do ex-presidente Bolsonaro (PL) a fim de promover uma espionagem ilegal. Apesar dessa mudança, o governo federal entende que a situação não atingiu o diretor-geral da Abin, Luiz Fernando Corrêa, que assumiu o cargo em maio de 2023. Este seria o motivo para a manuteção do indicado pelo ministro da Casa Civil, Rui Costa, e por Lula, no cargo dentre da Abin. Corrêa é delegado da PF.
Essa situação estava sendo avaliada por Lula desde o avanço dessas investigações da Polícia Federal. As investigações indicaram a suposta existência de um conluio da gestão da Abin para blindar alguns investigados por espionagem ilegal. Recentemente, inclusive, o ‘filho 02’ de Bolsonaro, Carlos Bolsonaro, foi alvo da operação da PF.
Quem é o ‘número 02’ exonerado?
Alessandro Moretti atuou como diretor de Informação e Inovação da Polícia Federal durante o governo do ex-presidente Bolsonaro. Moretti assumiu o cargo na Abin em março de 2023 e terá a exoneração confirmada nos próximos dias. Devido ao ‘vínculo’ com a gestão de Bolsonaro, integrantes do governo Lula viam a sua atuação na agência com desconfiança. Com informações do colunista Paulo Cappelli, do Metrópoles, e de Gerson Camarotti, do G1.